Maior fiscalização e informações mais claras nos produtos veterinários comercializados no Brasil. Esse foi o posicionamento defendido pelo presidente do Fórum Permanente da Pecuária de Corte da Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Antenor Nogueira, em reunião do Conselho Nacional da Pecuária de Corte (CNPC) que ocorreu na manhã desta terça-feira (20.07), em São Paulo.
Na pauta do encontro, que foi acompanhado pelo presidente da Comissão de Pecuária de corte da Federação da Agricultura e Pecuária de MS (Famasul), José Lemos Monteiro, a segurança da carne em relação aos perigos decorrentes de tecnologias utilizadas na pecuária. Em maio deste ano, as exportações de carne bovina para os Estados Unidos foram suspensas devido à constatação de princípio ativo de vermífugo. A suspensão é temporária, até que sejam adotadas medidas de padronização no trato da carne, desde o abate até a comercialização.
Para Nogueira, uma série de fatores contribui para que as inadequações ocorram. “Falta fiscalização dos produtos comercializados, o produtor desconhece o período de carência e a indústria aproveita retalhos que não deveria aproveitar”, relaciona. O dirigente apresentou aos frigoríficos a possibilidade de utilização da estrutura do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) para a divulgação dos prazos e a conscientização do produtor quanto à utilização adequada de vermífugos e remédios. “Desde que os frigoríficos façam o recolhimento devido ao Senar”, enfatizou.
No último dia 12, representantes dos frigoríficos Marfrig e JBS participaram de uma reunião para tratar do assunto na Famasul, juntamente com representantes da Superintendência Federal de Agricultura (SFA/MS), Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agrário, da Produção, da Indústria, do Comércio e do Turismo (Seprotur). José Lemos Monteiro apresentou uma lista de solicitação para os representantes dos frigoríficos, entre as quais a possibilidade de haver contraprova à disposição do produtor e que o prazo de carência não se estenda além de 150 dias, tempo necessário para que o vermífugo não esteja mais presente na carne.
Segundo Nogueira, a reunião desta terça-feira (20) teve a presença de representantes de frigoríficos, da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo) e da Associação Brasileira da Indústria de Exportação de Carne (Abiec), de laboratórios que fazem análise de resíduos. Atualmente, o Brasil tem 22 plantas habilitadas para exportação de carne bovina para os EUA, sendo que quatro delas ficam em Mato Grosso do Sul. As informações são de assessoria de imprensa.
FONTE: Agrolink
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